AJKSLS

EQUIPE DE JUDÔ - "FORMANDO ATLETAS E CIDADÃOS"

terça-feira, 23 de novembro de 2010

COPA CENTRO OLÍMPICO DE JUDÔ

O Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa de São Paulo realizou no dia 21/11/2010 a VI COPA CENTRO OLÍMPICO DE JUDÔ - VIRADA ESPORTIVA; o evento aconteceu nas dependências do Clube Atlético Juventus, no bairro da Mooca em São Paulo e contou com a participação de grandes equipes de Judô tais como: Palmeiras, Corinthians, Vila Sônia, São Caetano entre outros, o que tornou a competição com um nível bem elevado.
Participando pela primeira vez deste evento estavam alguns dos atletas da Equipe de Judô da AJKSLS, que levou 05 atletas para participarem. Destes atletas dois conseguiram subir ao pódio, no meio de tantas feras do Judô.
Guilherme Prata de Oliveira - 3º lugar
Massando Takeda Junior - 3º lugar.
Parabéns aos nossos judocas!!!





terça-feira, 9 de novembro de 2010

VISITA ILUSTRE NO JUDÔ

No dia 27/10/2010 a Equipe de Judô da AJKSLS recebeu a ilustre visita de José Jantália, jornalista e Chefe de Gabinete do vereador Aurélio Miguel (medalha de ouro no Judô nas olimpíadas de Seul); José Jantália é colaborador da FPJ (Federação Paulista de Judô) há muitos anos e veio conhecer nosso Dojo.
Ele assitiu um treino inteiro, tirou fotos, conversou com os alunos e elogiou as instalações da academia e o trabalho do Judô. Essa visita foi importante para mostrar que o Judô de São Lourenço começa a aparecer para o mundo do Judô.
Quem quiser ver as fotos que foram tiradas basta acessar o site www.jantalia.com.br, clicar em fotos e depois no álbum Judô São Lourenço da Serra.





CAMPEONATO ESTADUAL DO INTERIOR CLASSE MIRIM DIVISÃO ASPIRANTE FPJ 2010

Aconteceu no município de Registro/SP no dia 15/08/2010 o Campeonato Estadual do Interior Divisão Aspirante 2010, e nossos três atletas que haviam se classificado foram lá representar o Judô de São Lourenço da Serra, e o resultado foi o seguinte:
Ester Joana Santos de Lima - 1º lugar
Marcelo Queiroz da Silva - 2º lugar
Marcos Gabriel Brito de Moraes - 3º lugar
Nossos três pequenos guerreiros foram classificados para o Campeonato Estadual do Interior Fase Final.

EXEMPLO DE SUPERAÇÃO ATRAVÉS DO ESPORTE

A judoca Janaína de Fátima Cunha, atleta da AJKSLS, participou do Campeonato Regional 2010 da FPJ em Sorocaba no último dia 01/08/2010.
Janaína é portadora de Síndrome de Down e pratica Judô há quase 04 anos, e foi a primeira vez que ela participou de um evento da FPJ fazendo lutas com outras meninas, alunas do Judô Bandeirantes de Sorocaba, que por sinal demonstraram um grande espírito esportivo e toda a disciplina que o Judô ensina; aliás, com fatos como este o Judô prova sua grandiosidade.
Além disso, o fato vem reforçar um dos objetivos da Equipe de Judô da AJKSLS, que é o da inclusão social através do esporte.
Parabéns Janaína, e saiba que não é só o Judô que tem coisas pra ensinar a você, mas você também ensina muito ao Judô com sua força de vontade e superação.




 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

CAMPEONATO REGIONAL CLASSE MIRIM FPJ 2010

Aconteceu no dia 01/08/2010 no município de Sorocaba, o Campeonato Regionalda Divisão Aspirante classe mirim FPJ 2010; a AJKSLS levou três representantes, e os três se classificaram para a próxima fase. Os resultados foram:
Ester Joana Sntos de Lima - 1º lugar
Marcelo Queiroz da Silva - 1º lugar
Marcos Gabriel Brito de Moraes - 2º lugar

 

ACADEMIA NOVA

No dia 09/10/2010 a Associação de Judô e Karatê São Lourenço da Serra - AJKSLS mudou de endereço; o motivo da mudança foi o fato de aumentar cada vez mais o número de alunos, e por isso, para atender melhor os munícipes, houve a mudança para um espaço maior com acomodações melhores, à altura do trabalho que vem sendo realizado.
Confira abaixo algumas fotos do novo local:









 


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

CAMPEONATO ESTADUAL DO INTERIOR FPJ 2010

Aconteceu no dia 16/05/2010 o Campeonato Estadual do Interior 2010 da FPJ (Federação Paulista de Judô), no município de Registro/SP. Dos nossos quatro atletas que haviam se classificado para esta fase, apens um foi campeão e classificou-se para a próxima fase, o Campeonato Estadual do interior Fase final.
O nome do atleta que se classificou é : Guilherme Prata de Oliveira (1º Lugar).

Infelizmente, o atleta Guilherme não pode participar da próxima fase porque teve pneumonia uma semana antes do evento.

CAMPEONATO REGIONAL DE JUDÔ 2010

Aconteceu no dia 25/04/2010 no município de Itapetininga/SP, o Campeonato Regional 2010 da FPJ  (Federação Pulista de Judô), organizado pela 7ª Delegacia Regional Sudoeste.
A Equipe de competição da AJKSLS compareceu ao Campeonato e quatro dos seus atletas se classificaram para a próxima fase que é o Campeonato Estadual do Interior.
Os quatro atletas classificados foram:
Guilherme Prata de Oliveira - 1º lugar
Rodrigo Gabriel dos Santos - 2º lugar
Alessandro Queiroz da Silva - 3º lugar
Tonny Leonardo dos Santos Almeida - 3º lugar

sábado, 30 de outubro de 2010

ASSOCIAÇÃO DE JUDÔ E KARATÊ SÃO LOURENÇO DA SERRA - AJKSLS

A Associação de Judô e Karatê São Lourenço da Serra - AJKSLS é uma entidade sem fins lucrativos criada em 15 de Janeiro de 2009, mas a base de seu trabalho já existia desde 2003. A AJKSLS foi criada com o propósito de levar seus alunos para competirem em torneios da FPJ (Federação Paulista de Judô) e FPKI (Federação Paulista de Karatê Inter-Estilos), fazendo ao mesmo tempo surgir o nome do município em tais competições. O primeiro ano de competições da AJKSLS foi em 2010, conseguindo já alguns bons resultados.
O objetivo da AJKSLS é não só ensinar o esporte, mas também trazer aos seus alunos toda a filosofia e disciplina das artes marciais, auxiliando na formação do caráter de crianças, jovens e adultos, fazendo com que se tornem pessoas melhores e tornando-os verdadeiros cidadãos. Como mencionado anteriormente, a AJKSLS é filiada à FPJ e à FPKI, e hoje conta com 135 alunos cadastrados.
Atualmente existe um convênio firmado entre a AJKSLS e a Prefeitura Municipal, tornando assim a AJKSLS uma Escola Municipal de Judô e Karatê, ou seja, tornando gratuito o ensino das referidas arte marciais.
O Senpai da Equipe de Judô é o Sensei Wilson Tadashi Nagamine, formado faixa preta pela Associação de Judô da Vila Sônia, em São Paulo; foi desta academia que saíram atletas de nome como Aurélio Miguel, e de onde vem também o Sensei Luís Shinohara, atual técnico da Seleção Brasileira de Judô.
O Senpai da Equipe de Karatê (estilo Shorin-Ryu) é o Sensei Jorge Takada, formado faixa preta pelo falecido Sensei Yoshihide Shinzato.

Associação de Judô e Karatê São Lourenço da Serra - AJKSLS
Rua Ivone Pires Guimarães, 48 - Centro - São Lourenço da Serra/SP
Cep: 06890-000
Fone : (011) 4686-4955

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MEDALHISTAS OLÍMPICOS DO JUDÔ BRASILEIRO

Munique 1972
Los Angeles 1984
Seul 1988
Barcelona 1992
Atlanta 1996
Sydney 2000
Atenas 2004
Pequim 2008

O JUDÔ NO BRASIL

O professor Stanlei Virgílio em seu livro a Arte do Judô, Papirus 1986. Faz referência ao mestre Massao Shinohara, onde o mesmo afirma em seu manual de judô, publicação de maio de 1982, que o judô foi implantado no Brasil por volta do ano de 1908 com o advento da imigração japonesa, cujo primeiro contingente chegou ao porto de Santos em 18 de junho de 1908, a bordo do navio Kasato Maru. Com referência ao judô, entretanto não há registros de nomes, datas ou locais.
Stanlei também faz referências muito vagas sobre um certo professor Miura que teria ensinado judô em nossa pátria por volta de 1903. Segundo ainda Stanlei, o mestre Kwanichi Takeshita afirma que foi no início dos anos vinte que chegou o judô ao Brasil, impressionando os esportistas pela facilidade com que se venciam os desafios feitos aos nossos lutadores.
Stanlei tenta explicar essa duplicidade de datas pela forma como foi introduzido o judô em nosso país, pois de um lado há uma corrente formada pelos pioneiros do Kasato Maru e subseqüentes, que se dedicando a outros misteres, principalmente a agricultura, faziam do judô um derivativo, uma atividade social, uma forma de manter laços e apagar a saudade da pátria longínqua. Poderia se dizer que praticavam um judô localizado, restrito a pequenos grupos e sem fins lucrativos. O primeiro registro com referência a esse grupo iriam para Tatsuo Okoshi, que chegou ao Brasil em 1924, seguindo-se Katsutoshi Naito, Sobei Tani, Ryuzo Ogawa e outros mais.
Por outro lado, em uma outra corrente estavam os "lutadores", isto é, aqueles que lançando e aceitando desafios, lutando publicamente, além de buscarem a implantação do judô entre nós, faziam disso uma forma de subsistência ou complementação financeira. Entre este colocaríamos Mitsuyo Maeda (Conde Koma), Takagi Saigo, Geo Omori, Ono, visto por este prisma, o judô começou a ser implantado no início dos anos vinte.
Olhando uma forma e outra achamos que a primazia pode realmente estar com os japoneses do Kasato Maru, entretanto a forma mais válida e que melhores resultados trouxeram na época foi à atuação dos lutadores, que atingiam com seus espetáculos um número bem maior e de forma mais positiva os possíveis interessados. Com o passar do tempo essa situação inverteu-se, já não mais havendo os espetáculos como eram proporcionados naqueles tempos. Assim se uns chegaram primeiro, os outros atuaram de forma mais objetiva e eficiente para a implantação do judô naquela época.
Foi no início dos anos vinte que chegou ao Brasil Mitsuyo Maeda, ou Eisei Maeda como querem alguns, tendo ele a seu crédito o primeiro registro nos anais da história do judô brasileiro, aceitando desafios e ganhando todos, promovendo assim esse esporte. Radicou-se finalmente em Belém do Pará, onde montou sua escola com algum sucesso. De seus vários alunos, restou a família Gracie que deu continuidade ao seu trabalho, progredindo e fundando novas escolas em algumas capitais e se projetando no cenário esportivo brasileiro.
Hélio Gracie, em luta contra dois campeões japoneses, Kato e Kimura, ganhou do primeiro e perdeu para o segundo, o que na época foi um grande feito e o seria ainda nos dias de hoje. Desenrolaram-se as duas lutas no solo (katame-waza), pois nosso lutador certo de sua inferioridade em peso e na luta em pé (nage-waza), inteligentemente forçou a luta no solo onde tinha melhores chances, e o resultado provou o acerto de raciocínio.
Assim, as escolas Gracie prosperaram e espalharam-se por várias capitais, mas sempre se dedicando mais ao ju-jutsu, motivo pelo qual prosperaram, pois nós brasileiros, ainda não estávamos preparados para um esporte como o judô, até então desconhecido e que se confundia com seu predecessor o ju-jutsu, que monopolizava as atenções e interesses que haviam.
Pode-se dizer que por um bom tempo este nosso esporte amparou-se no ju-jutsu, estranha arte de defesa pessoal, muito eficiente e misteriosa para época, que os japoneses trouxeram, não se sabe se misturada com o judô ou se o judô misturado com ela. O fato é ainda hoje o interesse subsiste, mesmo com a evolução do judô que suplantou de forma inequívoca esse seu rival.
Em 1924 ou 1925 chega Takagi Saigo, instalando-se em São Paulo e como não obteve bons resultados, prontamente voltou ao Japão. Nessa mesma época chegou também Tatsuo Okoshi 8º dan, que teve participação bem maior no desenvolvimento do judô brasileiro. Foi o fundador e primeiro presidente no Brasil da Associação dos Faixas Pretas do Kodokan e também fundador e primeiro diretor técnico da Federação Paulista de Judô.
Em 1928 foi à vez de Geo Omori, lutador extraordinário, que lançando e aceitando desafios, muitos deles no antigo Circo Queirolo, em São Paulo, a exemplo de Mitsuyo Maeda, ganhava sempre e assim chamando a atenção e contribuindo à sua maneira para manter viva a tênue chama que mais tarde viria transformar-se num dos maiores esportes brasileiro. Seria também em 1928 a chegada de Katsutoshi Naito, 7º dan, que se radicou em Suzano, São Paulo. Sua participação na organização e consolidação do nosso judô foi marcante. Ocupou pela primeira vez a função de diretor do departamento de judô da Federação Paulista de Pugilismo, então mentora oficial do nosso esporte, antes da fundação da Federação Paulista de Judô.
Outro a chegar em 1928 foi Yasuichi Ono, então 3º dan, que também aceitando desafios e trabalhando com extrema dedicação pelo judô, fez jus a que seu nome fosse inscrito com todo mérito e justiça nas páginas da história do nosso esporte. Em 1932 abre a sua primeira academia, mãe de muitas outras que prosperaram e dão continuidade ao trabalho do grande mestre, hoje 9º dan. Somente nas décadas de 30 e 40, com a corrente migratória japonesa que se instalava em São Paulo, muitos outros mestres surgiram iniciando a prática do judô nas colônias interioranas e, no Rio de Janeiro, em Itajaí e na Baixada Fluminense, alguns professores se dedicaram à divulgação e à prática do judô.
Grandes mestres se destacaram, mas, persistiam alguns mantendo a antiga denominação de ju-jutsu, originando discussões, dissociando uma denominação da outra, obrigando aqueles que se empenhavam na divulgação do judô a um exaustivo trabalho de doutrinação chegando, muitas vezes, ao extremo de aceitar desafios, para confronto entre seus participantes. Ainda na década de 30, mais precisamente em 1931 chega Sobei Tani, 6º dan, estabelecendo-se com sua academia em Jaraguá, São Paulo, de onde saíram grandes campeões como os irmãos Shiozawa, Koki Tani e outros. Outros mais foram chegando e localizando-se no interior, levando para diversas regiões onde a imigração japonesa era mais intensa, o esporte que só mais tarde iria frutificar e tornar-se popular.
Chegava ainda ao Brasil em 1934 o mestre Ryuzo Ogawa, 8º dan, fundando a academia Ogawa (Budokan), com o único objetivo de aprimorar a cultura física, moral e espiritual, através do esporte de quimono, obedecendo aos princípios morais e filosóficos pregados pelo mestre Jigoro Kano. Não se poderá deixar de reconhecer que o grande passo para o crescimento do judô no Brasil foi iniciado com o mestre Ogawa, em 1938, quando o mesmo juntamente com um grupo de idealistas oriundos do longínquo Japão, começaram um trabalho de amplos ideais, que visava projetar este nosso esporte na preferência dos brasileiros, separando-o definitivamente do ju-jutsu. Esse trabalho foi à conquista final para a confirmação do judô no Brasil, sobrepondo-se ao ju-jutsu e expandindo-se rapidamente para o interior, onde em algumas regiões, embora muito discretamente já era praticado. Com a mesma intensidade e rapidez investiu também para outros estados, alastrando-se praticamente por todo Brasil.
Na década de 1940 consolida-se o prestígio do judô em todo o Brasil, esclarecidas as dúvidas quanto às suas origens do antigo ju-jutsu, propagando-se a sua prática no Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, dentre outros estados, fundando-se novas academias e crescendo o número de seus praticantes.
Assim a mercê do esforço e dedicação de japoneses e brasileiros, o judô progride a passos largos. Em São Paulo, no ano de 1951 foi realizado o seu primeiro campeonato oficial. Em 1954 o Rio de Janeiro também realiza o seu. Ainda em 1954, realiza-se o primeiro Campeonato Brasileiro, tendo como sua maior expressão o judoca Massayoshi Kawakami, campeão nas categorias 3º dan e absoluto. Em 1956, o Brasil participa pela primeira vez de uma competição no exterior, mais precisamente do II Campeonato Pan-Americano, realizado em Cuba, ficando em honroso segundo lugar. Formavam a equipe os judocas Massayoshi Kawakami, Sunji Hinata, Augusto Cordeiro, Luiz Alberto Mendonça, Hikari Kurachi e Milton Rossi.
Continuando com mais força nos anos 50 o já vigoroso crescimento da década de 40, necessário se faz à criação de um órgão mentor para dirigir, coordenar as atividades judoísticas em franco desenvolvimento. Para essa coordenação funda São Paulo a sua federação em 17 de abril de 1958, e o Rio de Janeiro em 09 de agosto de 1962. Dirigia na época o judô no Brasil a Confederação Brasileira de Pugilismo. Dia a dia acentuava-se a necessidade de um órgão nascido nos próprios meios judoísticos, dedicando-se exclusivamente ao judô, que o representasse a nível nacional e internacional. Assim em 18 de março de 1969 foi fundada a Confederação Brasileira de Judô, tendo como seu primeiro presidente Paschoal Segreto Sobrinho.
Em 22 de fevereiro de 1972, foi a Confederação Brasileira de Judô reconhecida oficialmente, sendo então o seu presidente até o início de 1979, Augusto de Oliveira Cordeiro.
A bibliografia quanto à evolução do judô no Brasil é carente e existe muita controvérsia sobre o seu surgimento. Há mais recente delas foi publicada na revista Ippon, ano 2, nº 12, setembro/97, São Paulo. Onde ficou comprovado após longa pesquisa, realizada pelo amazonense Rildo Heros, que o ju-jutsu e o judô desembarcaram juntos no Brasil, em 1914, em Porto Alegre-RS, pelo japonês Mitsuyo Maeda, aluno desde infância do mestre Jigoro Kano. No começo de 1977, após extenso trabalho de entrevistas e pesquisas embasadas em jornais da época, além de testemunhos de imigrantes antigos, detectou-se que a primeira residência do judô no Brasil foi Manaus, no Amazonas, depois de entrar no país por Porto Alegre. Esta versão da história escrita por Carlos Bortole foi publicada com a certeza de sua exatidão. Contudo devemos ficar alertas para o eventual surgimento de qualquer evidência que possa contrariar o trabalho do amazonense.
Porém, a chancela do instituto Kodokan parece dar garantia total a nova versão. Que talvez não seja tão nova assim, mas que pela primeira vez aparece plenamente documentada, como Medeiros pretende mostrar em livro a ser publicado brevemente.

HISTÓRIA DO JUDÔ

O judo foi criado no Japão, em 1882, por Jigoro Kano, tendo sido baseado no “jujutsu” – uma arte marcial praticada pelos cavaleiros do Kamakura entre os séculos XII e XIV – e noutras artes marciais do Oriente, que o Mestre Jigoro Kano fundiu num só desporto.
O judo depressa conquistou uma enorme popularidade em todo o mundo e foi reconhecido enquanto desporto oficial no seu país de origem, logo no final do século XIX, altura em que a própria polícia japonesa introduziu a modalidade nos seus treinos.
O “jujutsu” nunca poderia ser considerado um desporto porque, para além de não ter regras próprias, sobressaia negativamente pela força das suas técnicas de defesa pessoal, ministrando “golpes baixos” muito perigosos e até “golpes mortais” que implicavam uma utilização desmedida da força.
Ora, com a criação do judo, Jigoro Kano quis, acima de tudo, veicular um desporto assente na educação física e não numa luta violenta e sem limites. Assim, modificou o tradicional “jujutsu”, estudando os golpes e relacionando-os com as leis da dinâmica, da acção e da reacção. Seleccionou e classificou as melhores técnicas do “jujutsu”, atribuindo-lhes princípios básicos e estabeleceu normas racionais para tornar a aprendizagem do judo mais fácil e ao alcance de todos.
Foi precisamente em Fevereiro de 1882 que Jigoro Kano inaugura a sua primeira escola de judo que, baptizada de “Kodokan” (que significa “Instituto do Caminho da Fraternidade”) abriu as suas portas no bairro de Shimoya, em Tóquio. Em 1887, o judo encontrava-se já dividido em três princípios fundamentais: princípio da máxima eficácia do corpo e do espírito (“Seiryoku Zen’Yo”); princípio da prosperidade e benefícios mútuos (“Jita Kyoei”); e princípio da suavidade (“Ju”).
Em 1932, o Mestre Jigoro Kano levou 200 alunos aos Jogos Olímpicos de Los Angeles onde fizeram uma demonstração que aguçou a curiosidade de todos os presentes. Em 1964, o judo integrou os Jogos Olímpicos de Tóquio como desporto masculino e, graças à persistência da americana Rusty Kanokogi e de outras mulheres judocas, o judo feminino tornou-se numa modalidade olímpica em 1988. Hoje, a modalidade também integra os Jogos Paralímpicos e os Jogos Olímpicos Especiais.
O primeiro clube judoca europeu – “Budokway” – abriu em Londres, no ano 1918. O judo chega a Portugal por volta da mesma altura e, em 1936, a PSP integra algumas das técnicas japonesas nos seus programas de treinos. Em 1946 é fundada a primeira escola de Lisboa – a Academia de Budo, seguindo-se a Academia de Judo no ano seguinte.
Em 1955, o judo começa a ser ensinado no Lisboa Ginásio Clube e, em 1957, é fundado o Judo Clube de Portugal. Segue-se a abertura de vários outros clubes do género um pouco por todo o país, o que culminou com a fundação da Federação Portuguesa de Judo em 1959.
O Mestre Jigoro Kano doutorou-se em judo, o equivalente a ter sido agraciado com o escalão “12º dan”, o único atribuído até hoje e muito justamente, não fosse ele o pai da modalidade. Em 1935 foi condecorado com o prémio “Asahi” pela sua contribuição fantástica para o desporto japonês ao longo de uma vida. O Mestre Jigoro Kano faleceu em 1938, com 78 anos de idade.